QUASE DESESPERO
Em mim, a saudade não nasce, não cresce como folha nova, como bicho ou criança...
Ela se instala, maior que eu, sufocando, constrangendo, exigindo um equilíbrio impossível de sustentar.
Traz excitações que me confundem, desajustam e tornam impotente.
Nem penso em reagir.
O perfume da saudade paralisa, oprime o peito, tira o ar dos pulmões.
Saudade é como ciúme...é doença e veneno, tenho quase certeza.
À noite, é um navio misterioso, que navega em minhas veias, sangrando, ardendo, queimando...
Não tenho nenhuma idéia do que ela carrega em seus porões...
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