sábado, 23 de junho de 2012


POEMA 2002


Como dois ratos

Conspirando no porão

Fedendo a queijo,

Abriremos para o mundo

Nossos corações aquartelados

Abriremos nossas bocas

Cuspiremos beijos  

Cairemos na ratoeira eletrônica

Programados para ouvir

Ou pressentir uma orquestra

 –Nossas patas algemadas

Arrastadas

Nossos membros excitados

Urinando a valsa do adeus  

Ratos de esgoto

Comuns

Desses que correm nas valas

Fugiremos pela sala

 -Vidas (privadas)

Destilando o veneno

Que irá nos redimir 


Rio do Ouro, julho 1976

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