terça-feira, 29 de maio de 2012


Presidente da Câmara 


diz ter 'dúvidas sobre 


comportamento' de Mendes

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MÁRCIO FALCÃO
DE BRASÍLIA
Ao sair em defesa do ex-presidente Lula, o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), disse nesta terça-feira que "tem dúvidas sobre o comportamento" do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes. Ele disse ainda que é "inevitável" que políticos perguntem a ministros sobre o julgamento do mensalão.
Maia disse "não acreditar" na versão do ministro sobre o encontro no qual o ex-presidente teria pedido a ele o adiamento do julgamento do mensalão.
"Eu não acredito que o presidente Lula tenha expressado ou tratado o assunto como foi relatado pelo ministro. Eu tenho dúvidas sobre o comportamento do ministro que só veio tratar disso um mês após a reunião", disse.
Ele minimizou o encontro. "É inevitável para o mundo da política em qualquer encontro que tenha com alguém do STF perguntar como andam os debates e as discussões sobre julgamento do mensalão porque isso tem impacto na política e no debate eleitoral que teremos ainda neste ano", disse.
O presidente da Câmara ainda reclamou da politização do julgamento. Para ele, o STF precisa dar a maior transparência possível a análise da denúncia.
Ontem, Lula negou ter tentado pressionar Mendes. Em nota, ele se disse indignado com o ministro e afirmou que o seu relato sobre a conversa que os dois mantiveram em abril, no escritório do ex-ministro Nelson Jobim em Brasília, é "inverídico".
Daniel Marenco/Marcelo Camargo/Folhapress
O ministro Gilmar Mendes (dir.), do Supremo, acusa Lula de comandar 'central de divulgação' de intrigas
O ministro Gilmar Mendes (dir.), do Supremo, acusa Lula de comandar 'central de divulgação' de intrigas
Segundo reportagem de sábado da revista "Veja", Lula teria dito a Mendes que seria "inconveniente" julgar o caso antes das eleições.
O ex-ministro Nelson Jobim, que já havia contestado o relato de Mendes no fim de semana, manteve a negativa em entrevista ao jornal "Zero Hora'. A conversa ocorreu em seu gabinete.
De acordo com a revista, em troca do apoio ao adiamento, ele teria oferecido proteção na CPI do Cachoeira, que poderia vir a investigar as relações de Mendes com o senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO).

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